Cientistas do Instituto de Genômica de Pequim, na China, (ESPA, na sigla em inglês) identificaram o tipo da bactériaEscherichia coli que está causando um surto de doença na Europa, que já deixou 18 mortos no continente. Segundo os especialistas, a versão da bactéria é nova, altamente contagiosa e letal.
A Agência de Proteção à Saúde britânica (HPA, na sigla em inglês) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças europeu (ECDC) afirmam que a cepa responsável por causar a síndrome hemolítico-urêmica e diarreia com sangue nas pessoas chama-se O104:H4.
Quase todos os óbitos aconteceram na Alemanha. O último deles foi confirmado nesta quinta-feira (2) após a morte de uma moradora idosa em Hamburgo, cidade portuária ao norte do território germânico e principal atingida pelo surto. Apenas uma morte aconteceu fora do país, quando uma vítima foi identificada na Suécia.
Já o número de pessoas contaminadas superou 1,5 mil em mais de 10 países da União Europeia. Somente na Alemanha, 490 casos são confirmados pelo Instituto Robert Koch.
Escherichia coli
O centro das atenções no caso é uma bactéria que é encontrada normalmente no intestino de humanos. Algumas versões, porém, podem causar doenças. Segundo os cientistas chineses que identificaram a cepa responsável pelo surto, este é um tipo novo do micro-organismo.
As agências sanitárias e institutos de saúde europeus recomendam o cuidado ao comer saladas e vegetais na Europa. Os alertas também são dirigidos a turistas, que sempre devem verificar se os alimentos foram bem cozidos e evitar o consumo de plantas e carne cruas.
Segundo a médica Ana Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e professora de medicina na USP, a bactéria não é adquirida pelo ar ou mesmo pela proximidade com pessoas contaminadas. "É diferente do contágio por vírus. O que pode acontecer é o contágio fecal-oral, que ocorre quando uma pessoa entre em contato com fezes, não lava a mão corretamente e manipula alimentos", explica a especialista.
* Com informações das agências France Presse, Reuters e Associated Press e dos institutos HPA, na Inglaterra, e Robert Koch, na Alemanha.
Fonte G1/ Foto: Alexander Demianchuk / Reuters
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