Autoridades argentinas decidiram fechar o aeroportos de Ezeiza e o Aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires, por mais 30 horas, a partir das 12h desta segunda-feira (13).
Desde a noite de domingo (12), os voos para a capital argentina foram cancelados, por causa do avanço das cinzas do complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle.
Na manhã desta segunda, a companhia aérea Gol afirmou em comunicado que cancelou os voos programados para a manhã desta segunda-feira (13), com origem e destino nas cidades de Buenos Aires e Rosário, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai, estão suspensos.
A empresa afirma que começou a contatar os clientes por telefone, email e mensagens de celular. Os passageiros que estão no Brasil podem obter informações no número 0300-115-2121. Os que estão na Argentina devem ligar para o 0810-266-3232 e os que estão no Uruguai podem entrar em contato com a empresa pelo número 5098-2403-8007.
A assessoria da TAM disse ao UOL Notícias que todos os voos que partiriam para Buenos Aires e Montevidéu na manhã e início de tarde desta segunda estão cancelados. A empresa tem alguns telefones para os passageiros que desejam obter informações sobre o seu voo ou remarcá-lo. Quem está no Brasil deve ligar para o 4002-5700 (capitais) ou 0800-570-5700 (demais localidades). Os usuários na Argentina podem ligar para o 0 810 333 3333; no Chile para o 56 2 6767 900; no Paraguai devem ligar para o 595 21 659 5000 e quem está no Uruguai deve entrar em contato com o 000 4019 0223. A empresa Aerolíneas Argentinas informou que decidiu cancelar voos com parada em Buenos Aires desde as 22h de domingo.
Já a companhia LAN comunicou que desde às 20h suas operações nos aeroportos Aeroparque e de Ezeiza começaram a ser afetadas.
Segundo a Infraero, até as 12h, 22 voos internacionais (28,6% do total) haviam sido cancelados no Brasil. O aeroporto mais afetado é o de Guarulhos, com 12 partidas (32,4%) suspensas.
No aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, sete voos (33,3%) foram cancelados.
A Infraero não informa se todos os cancelamentos foram causados pelo avanço das cinzas do vulcão chileno.
Segundo a Força Aérea Brasileira, o último boletim do Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina (divulgado às 5h30, horário de Brasília) mostra que a nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue entrou no espaço aéreo da Argentina e do Uruguai, incluindo as capitais do dois países, Buenos Aires e Montevidéu. O instituto é responsável, segundo acordos internacionais, pelo monitoramento da situação no Cone Sul.
Cinzas podem afetar céu brasileiro
Uma nova nuvem de cinzas do complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, no Chile, já se move em direção ao Brasil, o que deve causar mais transtornos aéreos como aqueles vistos na última semana. Em território brasileiro, as cinzas podem provocar o fechamento de aeroportos na região sul já nos próximos dias. Algumas companhias já cancelaram voos desta segunda (13).
Segundo comunicado da Administração Nacional de Aviação Civil da Argentina, as cinzas “voltaram a piorar as condições meteorológicas” no centro do país. “A partir das 21h (de domingo) haverá cinzas em suspensão sobre a zona central do país”, segue a nota, “que limitarão as operações aéreas.”
“O cenário preocupa, porque imagens de satélite de hora em hora indicam a nuvem vulcânica avançando pela província de Buenos Aires com maior densidade”, afirmou ao UOL Notícias o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, da empresa de meteorologia MetSul.
A nuvem de cinzas avança rapidamente devido à presença de um ciclone extratropical na costa da Patagônia, destaca Nachtigall. “A circulação de vento muito intensa está jogando esta nova nuvem de cinzas rapidamente em direção ao Centro e o Norte da Argentina.”
O especialista salienta que também há possibilidade de novas precipitações de cinzas na Argentina, no Uruguai e no Sul do Brasil, a exemplo do ocorrido na semana passada. Em território gaúcho, a previsão é de que a nuvem chegue já nesta segunda-feira.
A erupção do vulcão Cordón Caulle se intensificou durante este domingo. As análises químicas das cinzas que caíram sobre o Uruguai revelou que o principal material é sílica (componente do vidro), segundo uma pesquisadora da Faculdade de Ciências de Montevidéu.
Fonte UOL
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