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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Austrália assiste ao último eclipse solar total de 2012


Um eclipse total do Sol foi observado  nesta terça-feira (13) a partir das 17h40 (horário de Brasília) no estado de Queensland, Austrália. Nuvens prejudicaram o espetáculo, mas, mesmo assim, foi possível observar o Sol totalmente coberto pela Lua por alguns minutos. 
O eclipse pode ser visto a partir do Parque Nacional de Garig Gunak Barlu, a 250 quilômetros ao leste de Darwin (norte da Austrália) e se deslocou ao leste, através do Golfo de Carpentária. Estima-se que cerca de 60 mil pessoas entre cientistas e turistas de todas as partes do mundo foram ao estado australiano de Queensland para testemunhar o primeiro eclipse total sobre a Grande Barreira de Corais em mais de 1300 anos.

O eclipse solar total ocorre quando a Lua cobre totalmente o Sol, fazendo com que o dia se torne noite por alguns minutos. O fenômeno é diferente do eclipse solar anelar que aconteceu em maio  deste ano e pode ser visto em diversas cidades do mundo. “Nele, a Lua está mais afastada da Terra e fica menor que o Sol. A Lua não cobre todo o Sol, deixando algo chamado de anel de fogo”, disse ao iG João Paulo Delicatto, diretor do Planetário de São Paulo.
João Paulo Delicatto afirma que o próximo eclipse total do Sol ocorrerá em 2019 e que fenômeno igual poderá ser observado no Brasil em 2045.

Nesta terça, o Sol ficou totalmente oculto pela Lua, reduzido a um disco negro com uma auréola dourada: sua atmosfera externa, que se estende por vários milhões de quilômetros. As estrelas também puderam ser vistas em pleno dia.
Hotéis da região estão reservados há mais de três anos, e turistas chegaram a encher praias para assistir ao eclipse. Houve até uma maratona programada. Além dos astrônomos, outros cientistas também observaram o eclipse. Eles queriam acompanhar, por exemplo, como os animais respondem à escuridão repentina, com câmera submarinas na Grande Barreira de Corais.
Os habitantes de Papua Nova Guiné, do extremo leste da Indonésia, da metade sul da Austrália e toda a Nova Zelândia desfrutaram de um eclipse parcial. A Polinésia, o sul do Chile e da Argentina, também poderão apreciar o fenômeno também de maneira parcial.
Após um périplo de 14.500 km através do hemisfério sul, o eclipse terminará às 23H48 GMT (21H48 de Brasília) a cerca de 800 km ao oeste do Chile.
Os eclipses totais do Sol têm diferentes sentidos para várias culturas. A luz do dia desvanece no meio do dia e a Lua vagarosamente cobre o Sol, criando um lusco-fusco assim que a sombra é projetada na superfície da Terra.
Povos ancestrais de várias culturas acreditavam que o eclipse trazia maus presságios e uma série de rituais era feita para assustar forças do mal que teriam devorado o Sol. Hoje, cientistas viajam pelo mundo para estudar este fenômeno raro e milhares de pessoas ficam satisfeitas simplesmente por ver este evento celestial da natureza.
Fonte iG

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