Empresas jornalísticas da Alemanha retiram correspondentes ou os transferem para sul do país; embaixada da Áustria muda para Osaka.
Várias pessoas deixaram Tóquio nesta terça-feira e moradores permaneceram dentro de suas casas em meio a temores de que a radiação de uma usina nuclear atingida pelo terremoto de sexta-feira afete uma das maiores e mais densamente povoadas cidades do mundo.
Apesar das garantias do governo municipal de que os baixos níveis de radioatividade detectados até o momento na capital japonesa "não são um problema", moradores e turistas decidiram que permanecer na cidade era simplesmente arriscado demais.
Várias empresas retiraram seus funcionários de Tóquio, visitantes reduziram as férias e companhias aéreas cancelaram voos. A Administração de Aviação dos Estados Unidos informou que está se preparando para redirecionar rotas caso a crise nuclear se agrave.
Por causa do suposto risco, grande parte das empresas jornalísticas alemãs está retirando seus correspondentes do país ou os transferindo para cidades mais ao sul do Japão para afastá-los dos focos de radioatividade.
A revista "Focus" explicou que seu correspondente deixou o Japão coma família, e o grupo televisivo "RTL" informou que seus dois correspondentes na região foram para Osaka, a 500 quilômetros a sudoeste de Tóquio. A rede pública de rádio e televisão "ARD" também transferiu seu correspondente para Osaka, e a equipe especial enviada pela agência de notícias alemã "DPA" à região mais afetada pelo tsunami deve abandonar o Japão o mais rápido possível, enquanto os colaboradores do escritório permanente de Tóquio se transferem para o sul do país.
Além disso, o Ministério de Relações Exteriores da Áustria decidiu nesta terça-feira transferir sua embaixada no Japão de Tóquio para Osaka. "Decidimos transferir a embaixada de forma temporária a Osaka, onde já há um consulado", disse o porta-voz Peter Launsky-Tieffenthal. "Há vários dias pedimos aos cidadãos austríacos para que abandonassem o nordeste do Japão e a área metropolitana de Tóquio", acrescentou.
Em Osaka, segundo ele, a infraestrutura e o fornecimento de energia elétrica não sofreram tantos danos, enquanto "o imprevisível quanto à evolução na situação nuclear" foi também um fator de peso para a mudança da delegação.
Aqueles que permaneceram na capital japonesa estocavam alimentos e outros suprimentos, temendo os efeitos da radiação, que levou pânico à cidade de 12 milhões de habitantes. No principal aeroporto da cidade, centenas se enfileiravam, muitas delas com crianças, para embarcar em voos deixando o país.
Fonte: IG
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