Dezenas de cidades no sudeste e nordeste da Austrália continuam alagadas nesta quinta-feira em consequência das fortes precipitações que desde novembro já deixaram pelo menos 32 mortos, mais de dez desaparecidos e prejuízos de cerca de US$ 20 bilhões - valor quatro vezes maior que a projeção de duas semanas atrás. A polícia investiga a morte de um bebê de três meses, cujo corpo foi encontrado em uma região inundada no estado de Nova Gales do Sul, no sudeste do país.
As enchentes afetaram 60 povoados no Estado de Victoria, no sudeste, e voltaram a alagar partes de Queensland, no nordeste, que ainda não se recuperou das inundações históricas da semana passada. Cerca de 25% do território foi afetado em Victoria, que tem um terço das árvores frutíferas do país e é responsável pela mesma parcela da produção de grãos do país. Por enquanto, 3,5 mil pessoas foram evacuadas a alguns dos 22 abrigos disponíveis.
No povoado de Kerang, a capital de Victoria, a alta do nível do rio Loddon ameaça derrubar os diques de contenção, o que poderia inundar 1,5 mil imóveis e sítios. Em Queensland, as inundações deixaram nas últimas semanas 30 mortos e causaram estragos nos setores agrícola e mineiro do estado, que produz metade do carvão do país. Este Estado, do tamanho de França e Alemanha juntas, exporta 45% da carne e 22% dos cereais, verduras e frutas da Austrália.
Na noite de quarta-feira, as tempestades deixaram sem eletricidade 30 mil casas em Brisbane, a capital de Queensland, além de ter arrastado veículos e derrubado várias árvores, dificultando as tarefas das equipes de socorro. O serviço meteorológico prevê que as chuvas continuarão nos próximos dias, mas perderão força a partir do fim de semana, sobretudo no nordeste da Austrália.
Fonte Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário