A Bolsa de Valores de Nova York também retoma os negócios, após dois dias de paralisação.
Os transportes públicos também voltavam aos poucos ao normal, com ônibus já circulando. O metrô deve voltar em até três dias, segundo o prefeito Michael Bloomberg.
Os aeroportos John F. Kennedy International e Newark Liberty International, dois dos três principais terminais aéreos da região de Nova York, devem reabrir parcialmente nesta manhã, informou a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.
O aeroporto de LaGuardia permanecerá fechado, acrescentou a Autoridade Portuária em seu site.
Os organizadores da maratona de Nova York confirmaram que a famosa prova será disputada no próximo domingo, apesar da situação caótica.
Apesar da retomada gradual, a volta da energia elétrica ainda deve demorar em algumas localidades.
Mais de 8,2 milhões de lares e comércios, em 18 estados, ficaram sem eletricidade na Costa Leste dos Estados Unidos por causa da supertempestade, informou o governo federal. Os estados mais atingidos são Nova York (2 milhões) e Pensilvânia (1,3 milhão), segundo o Departamento de Energia.
Visita de Obama
O presidente americano, Barack Obama, que interrompeu sua campanha eleitoral desde a segunda-feira por conta da tempestade, vai visitar nesta quarta o estado de Nova Jersey, um dos mais duramente afetados, anunciou a Casa Branca.
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O presidente disse ontem que a crise causada pela supertempestade
ainda não acabou, afirmando que faria o que fosse preciso para lidar
com um drama que, segundo ele, deixou os Estados Unidos de coração
partido."Esta tempestade ainda não acabou", disse Obama durante uma visita ao quartel-general da Cruz Vermelha americana, em Washington.
O guia de Obama na visita será o governador republicano Chris Christie, um aliado expressivo de seu rival na disputa pela Casa Branca, Mitt Romney, mas que tem elogiado Obama e a resposta do governo federal à tempestade.
O governador Christie disse que o furacão provocou uma "devastação inimaginável" na costa e que os trabalhos para retirar moradores presos pelas inundações continuam.
A Guarda Nacional está ajudando nos trabalhos na região, onde muitas casas foram arrancadas de suas bases e arrastadas pelos ventos e pela água.
Rodovia à beira-mar em Rodanthe, Carolina
do Norte, danificada nesta terça-feira (30) pela
passagem de Sandy (Foto: AP)
Uma empresa de previsão de desastres estimou que as perdas
econômicas poderiam chegar a US$ 20 bilhões, sendo apenas metade desse
valor garantida por seguros.do Norte, danificada nesta terça-feira (30) pela
passagem de Sandy (Foto: AP)
Sandy tocou a terra na noite desta segunda pela costa de Nova Jersey, com ventos de 130 km/h e deslocando-se a 37 km/h.
Nesta quarta-feira, Sandy avançou em direção ao interior e fez nevar nas montanhas do Apalache. A tempestade continua movendo-se devagar sobre a Pensilvânia, e deve seguir para o norte em direção ao oeste do Estado de Nova York e ao Canadá, informou o Serviço Nacional de Meteorologia.
Foram emitidos alertas de nevascas e avisos de enchentes na costa para as margens dos Grandes Lagos.
Campanha interrompida
A passagem da tempestade interrompeu a campanha eleitoral americana, a uma semana das equilibradas eleições de 6 de novembro.
Tanto Obama como seu rival republicano, Mitt Romney, cancelaram eventos eleitorais.
Os dois candidatos têm consciência da importância política de dedicar toda a atenção às consequências da tragédia, pois lembram do que aconteceu com o furacão Katrina em 2005.
A resposta ao Katrina, que devastou Nova Orleans (Louisiana, centro-sul do país), foi encarada como um fracasso das autoridades, lideradas pelo então presidente republicano George W. Bush, o que marcou o restante de seu segundo mandato.
Em sua passagem pelo Caribe, na semana passada, Sandy deixou 67 mortos, milhares de desabrigados e muitos prejuízos. Só no Haiti, foram 51 mortos.
Fonte G1
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