Com o Danúbio completamente congelado ao longo de quilômetros, dezenas de milhares de pessoas ficaram isoladas, sendo que boa parte não conseguia nem sair de casa, enquanto o registro de mortes supera 600 devido ao frio que ainda assolava a Europa neste sábado.
Mas o frio intenso não causou apenas tristeza. Em Hamburgo, Alemanha, centenas de milhares de patinadores aproveitaram para se divertir no rio Aussenalster, que estava congelado, com uma camada de gelo de mais de 20 cm.
Para ilustrar a força desta onda de frio, o Danúbio estava totalmente congelado nas imediações do porto de Silistra, no noroeste da Bulgária, pela primeira vez em 25 anos, já que o último registro de uma situação como esta ocorreu no inverno de 1984-1985.
Um congelamento completo, sem o menor movimento de água, foi registrado neste sábado em 11 quilômetros, perto desse porto búlgaro.
O congelamento de parte do Danúbio obrigou Áustria, Croácia, Sérvia, Bulgária e Hungria a suspender a navegação no rio.
Em todo o continente, o frio continua a fazer vítimas. Neste sábado, mais três pessoas morreram na Sérvia e duas, no Kosovo, o que eleva para 42 o número de mortos devido às baixas temperaturas no Bálcãs, região onde mais de 11.000 pessoas estavam isoladas em suas cidades pela neve.
No total, a onda de frio causou a morte de 19 pessoas na Sérvia, de 11 na Bósnia, de 4 em Montenegro, de 3 na Croácia, de 2 na Macedônia, de 2 no Kosovo e de uma na Albânia, segundo dados oficiais.
Cerca de 110.000 pessoas estavam isoladas em aldeias afastadas da Sérvia e de Montenegro, enquanto a capital montenegrina, Podgorica, estava paralisada por uma camada de neve que superava os 50 cm, nível que não era alcançado há 50 anos.
No sul do Kosovo, uma avalanche soterrou onze pessoas, duas das quais foram encontradas sem vida. As outras nove pessoas ainda estavam presas sob a neve e uma equipe de resgate tentava socorrê-las.
Na Romênia, oito pessoas morreram de hipotermia nas últimas 24 horas, com as quais o registro oficial indica 65 mortos.
Na Ucrânia, as autoridades interromperam a divulgação dos registros de mortes. Os últimos dados publicados oficialmente, na terça-feira, indicavam pelo menos 135 mortos, fazendo desse país o mais duramente afetado.
Na Polônia, as baixas temperaturas mataram 82 pessoas desde o início da onda de frio.
Na Rússia, 46 pessoas não resistiram às baixas temperaturas desde fevereiro. O frio também matou 24 na Lituânia, 10 na Letônia e uma na Estônia.
Na República Tcheca, onde as temperaturas podem chegar a -40°C neste sábado e no domingo nas montanhas e a -25°C em Praga, há pelo menos 25 mortos. Dezesseis pessoas morreram na Hungria e cinco na Eslováquia.
A Grécia registra cinco mortes.
Na Itália, onde o registro chega a mais de 45 mortos, fortes nevascas eram registradas neste sábado em diversas regiões.
Na França, duas pessoas perderam a vida na sexta-feira à noite, elevando para 14 o número de mortos em onze dias.
A onda de frio atinge também o norte da África, principalmente a Argélia, onde 46 pessoas morreram em razão do frio em uma semana.
Fonte Uol
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