Nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão chileno Peyehue- Cordón Caulle é vista no ar em Porto Alegre
As cinzas do complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle, que cancelaram voos no sul do Brasil na terça (18) e quarta-feira (19), não trouxeram apenas transtornos para o transporte. Conforme levantamento da empresa de meteorologia MetSul, com dados da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), do Rio Grande do Sul, a qualidade do ar entre esses dias na região metropolitana de Porto Alegre foi extremamente maléfica à saúde.
O nível de partículas nocivas no ambiente foi superior ao da poluída capital chinesa, Pequim, e ao da cidade de São Paulo. Entretanto, a nuvem vulcânica está deixando a Região Sul do país em direção ao mar, fazendo com que a condição do ar melhore.
Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), a quantidade tolerável de poeira respirada em um dia é de 50 microgramas por metro cúbico.
A concentração média de material particulado inalável analisada em 24 horas – das 17h de segunda-feira (17) às 17h de terça-feira – no bairro Parque Universitário, em Canoas (a 9 km de Porto Alegre), na região metropolitana, chegou a 285 microgramas por metro cúbico. Em dez anos de análises da qualidade do ar na região, esses foram os piores resultados obtidos pela Fepam.
Comparando com dados obtidos no mesmo período sobre a qualidade do ar da capital chinesa, Pequim, coletados pela estação de monitoramento no distrito de Chaoyang (216 microgramas por metro cúbico), os meteorologistas observaram que a qualidade do ambiente na região metropolitana de Porto Alegre estava pior do que uma das cidades mais poluídas do planeta.
Ao relacionar a qualidade do ar na área da Grande Porto Alegre com amostras da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) – que utiliza o índice de 150 microgramas por metro cúbico a quantidade tolerável de poeira respirada em um dia –, verificou-se que as cinzas vulcânicas elevaram o número de partículas nocivas na atmosfera a índices superiores aos registrados no Estado de São Paulo. As maiores marcas paulistas são de 187 microgramas de material particulado inalável por metro cúbico em Parelheiros (em 2009) e 173 microgramas por metro cúbico em Mauá (em 2010).
Fonte Uol
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