O mundo está ficando mais quente, o ano de 2010 pode ser o mais quente da década e um dos três mais quentes do século, e enquanto isso uma nevasca incomum cancela voos na Europa poucos dias antes de o inverno começar no Hemisfério Norte. De acordo com cientistas, embora os dois eventos pareçam contraditórios, eles estão relacionados, na verdade.
Segundo cientistas, o aquecimento global com caráter mais vigoroso no Ártico pode levar a invernos mais frios e com mais nevascas em latitudes médias do Norte. Isto porque o aquecimento do Ártico mudaria os padrões de vento e circulação atmosférica, o que permitiria que o ar mais frio escoasse para a Europa e os Estados Unidos.
Explicando desde o começo, o Ártico sofre mais consequências com o aquecimento global, pois o derretimento de gelo marinho no Ártico ajuda a acelerar o aumento das temperaturas. É o chamado efeito albedo. O branco do gelo reflete a luz solar para o espaço e resfria o ar. O contrário acontece quando o gelo é substituído pela água escura do mar e mais calor solar é absorvido.
Esta não é a única teoria para o inverno rigoroso na Europa estar conectado com o aquecimento global. Em matéria publicada no site da revista Time, Judah Cohen, diretor da empresa de pesquisas ambientais ERA, afirma que o aumento na cobertura de neve na Sibéria pode ser o responsável pelo inverno extremo na Europa. De acordo com a matéria, mesmo que o planeta continue a aquecer e o Ártico a derreter, a cobertura de neve sazonal cresceu na Sibéria e na alta cordilheira da Ásia, como o Himalaia.
Cohen explica que com o aquecimento global, a atmosfera retém mais umidade, o que provoca mais chuvas, no geral. Na Sibéria, a precipitação caiu na forma de neve tornando o ar mais frio perto das montanhas. O aumento do gelo traz mais frio para o Sul do Ártico, em regiões dos EUA e da Europa.
De uma forma ou de outra, o fato é que mesmo com a nevasca na Europa, as médias globais de temperatura continuam a subir.
Fonte Ig
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