A quantidade de raios que caiu em janeiro no Estado foi 15,5% maior do que a registrada no mesmo mês do ano passado. Ao todo foram registradas 462,5 mil descargas elétricas, o maior número entre os oito Estados cobertos integralmente pelo sistema BrasilDat, do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados, ainda preliminares, mostram ainda que duas pessoas morreram no Estado atingidas pelas descargas.
Depois de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul foram os Estados que mais registraram quedas de raios em janeiro, 147,9 mil e 145,8 mil respectivamente. Minas Gerais teve diminuição de 16,4% nas descargas elétricas, e Mato Grosso do Sul marcou queda de 3,7% em relação a janeiro de 2010.
“A diferença está dentro da variabilidade natural para um período de um mês. A conclusão é que no período não houve variações significativas. Somente no final do verão, poderemos ter uma visão mais clara se houve ou não um aumento de 2010 para 2011”, afirma o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.
A quantidade de raios no Estado do RJ, o sexto mais atingido em janeiro, com 15,8 mil descargas, diminuiu fortemente em comparação ao primeiro mês do ano passado. Mesmo com registro do grande volume de chuvas, a quantidade foi 4,7 vezes menor.
“Quando as chuvas ultrapassam um limite, isto é, quando chove muitos dias seguidos, a atmosfera esfria e com isto a ocorrência de raios diminui”, explica Osmar Pinto.
Os dados do Elat mostram que a incidência de queda de raios tem crescido. Nos últimos 50 anos, a cidade de São Paulo teve 60% de aumento de descargas elétricas atmosféricas.
“O motivo é o crescimento da cidade e a consequente alteração do meio ambiente, em particular um aquecimento maior da região conhecida como ilha de calor”, destaca o coordenador do Elat.
Fonte: UOL
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